segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sobre Exu...


É difícil, pertencer a dois mundos, necessário uma grande dose de desapego, quando se é um intermediário, o mensageiro.

O povo da rua não pertence a estes, nem aqueles, está no limiar, no "Umbral" (limite) entre mundos. É o Guardião da passagem, aquele que transportará os passageiros, ou levará o recado para quem ainda não puder passar.

Nem acima, nem abaixo... eles tem livre acesso a ambos, e por isso sacrificam a própria identidade para atuar onde são necessários, sem pode estipular um lar, como todas as outras criaturas.

Trata-se de um grande sacrifício, um trabalho árduo, mas que necessita ser feito... e que somente poucos seres são capazes.

LAROYE!

C

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A feitiçaria dos despachos



Já passou da hora do umbandista se livrar de velhas práticas que não nos favorecem, uma delas é o despacho.

Sei que muitos na religião irão me odiar por eu escrever estas palavras, mas minha função não é agradar, mas plantar as sementes para uma nova mentalidade dentro e fora da religião.

Quem se alimenta dos despachos são os Eguns, que realizam "pequenos favores" em troca de pagamento. Os verdadeiros Guias e Exus não necessitam deste tipo de energia, imagine então os Orixás, pra eles tudo isso é mais do que dispensável.

Esta é uma pratica de feitiçaria astral, como tantas outras praticadas por muitos no mundo todo, em várias religiões e mesmo desvinculado a elas.

Existem outras práticas que podem ser aprendidas, mais eficazes, mais poderosas... está na hora do umbandista aos poucos abandonar a baixa feitiçaria e começar a conhecer conceitos de Alta Magia.

Deixemos de ser "mendigos do astral", sempre pedindo... para nos tornarmos "Mestres" do nosso próprio destino, como o Mago que controla as forças pela sua própria vontade, não necessitando "negociar" com seres inferiores.

Enquanto o Feiticeiro "pede", o Mago ordena e sempre é atendido, moldando o mundo ao seu redor conforme seu desejo, como o deus que somos.

CAMOS

terça-feira, 21 de abril de 2015

OGUM


Seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão, a emoção e a ordenação dos processos e procedimentos. É o senhor do movimento, o senhor dos caminhos e das estradas, senhor que quebra as demandas, que arrebenta as amarras e nos liberta. Ele faz nossa vida se movimentar e, como ordenador, coloca as nossas prioridades à frente, na hora certa. 

Chamado de "Senhor das Demandas", é  o Guardião do ponto de força que mantém o equilíbrio entre o que está no alto e o que está embaixo, positivo e negativo, Luz e as Trevas, a paz e as discórdias. 
Ogum é o Senhor dos Caminhos, das Direções.  Os caminhos são o ponto de força, os santuários naturais de Ogum. Ele é como um escudo protetor e luta para não deixar cair quem ele está protegendo. Se procurarmos Ogum como nosso guia de viagem na Senda, ele sempre nos avisará quando sairmos da linha de equilíbrio. Como guardião do ponto de força do equilíbrio, comanda as entidades atuantes no nosso plano como agentes cármicos, ou seja, os Exus de Lei da Umbanda.

Basta sairmos do caminho reto para sermos tolhidos pelas suas irradiações retas e cortantes. Suas irradiações retas são simbolizadas por suas “Sete Lanças”; as cortantes são simbolizadas pelas “Sete espadas” e sua proteção legal é simbolizada pelos seus “Sete Escudos”. Os caboclos Peitos de Aço são aplicadores naturais da Lei e ordenadores da evolução dos seres. São caboclos demandadores, no trabalho de choque com o baixo-astral.

Fonte: Templo de Umbanda União da Luz (texto adaptado)


sexta-feira, 20 de março de 2015

Okê Caboclo!

"Salve as Caboclas da Mata, salve Iracema, salve Jurema!
Salve as Caboclas da Mata, Iara, Jussara, Jupira e Jandira!
Okê, Okê, Okê Caboclo!
Salve a Mata!
A Mata que com seu manto de verdes me ata
Precisamos do chão, desimpermeabilizado
Respira, resiste tudo, porque em mim é mato
Cresce o mato como um mito coletivo
Querendo alastrar-se, ganhar terreno
Em cada vida asfaltada
Em cada calçada esquecida da cor da água
Nos córregos emparedados da cidade
Pulsa uma saudade de uma paisagem mais justa
Onde todos tenham pé nu, num chão nu
E faça esse caminho
Saudade da sombra da árvore
E do entendimento de que nós somos parte desse manto
Mato, saudade é mato, cresce em qualquer lugar
E que se proteja o que nos dá força
E nos finca firme de novo no que somos
Nós somos o quê?
Caboclo!
Nós somos o quê?
Caboclo!
Okê Caboclo!"


Eparrei Oyá!


A Yansã pedimos movimento e direção em todos os sentidos da vida, a Ela solicitamos que nos envolva com sua Força guerreira para nos ajudar em nossas mudanças e conquistas, quando estamos com nossas vidas estagnadas, quando nos encontramos depressivos, sem energia, sem direção, perdidos e cheios de dúvidas, afinal Yansã é a manifestação da alegria e da paixão pela vida e pelo que faz. Pedimos também a força e o movimento de Yansã para que envolva e encaminhe todos os eguns, espíritos negativos que desvirtuam nossa caminhada material, emocional e espiritual, direcionando-os aos domínios de Obaluaiyê ou Omulu onde serão conduzidos aos seus lugares de merecimento. Yansã é Orixá do Tempo climático, Senhora dos ventos, dos raios, do movimento e da direção.
Fonte: Templo de Umbanda União da Luz (trechos)


Cabocla de Yansã