segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A origem do Natal






Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebração deste dia parece ser muito antiga mas a filiação mais directa provêm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno que durava cerca de quatro dias. Nesse período ninguém trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Era também coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada Saturnália e realizava-se no solstício de Inverno.
Convém lembrar aqui que o solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o Sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar.
Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).
É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa) mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus. Desistindo de competir com a Saturnália, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pagão do nascimento do Sol transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas...

Fonte: http://obviousmag.org/archives/2007/12/saturnalia.html#ixzz2G1C7JteE


domingo, 23 de dezembro de 2012

por que o Natal é comemorado nessa data?


Na Antiguidade, povos pagãos realizavam nesse dia o Natalis Solis Invicti, o “nascimento do sol invencível”, uma festa em homenagem ao deus persa Mitras. O Natalis, que podia ser celebrado entre 22 e 25 de dezembro, era realizado pelos pagãos nesse período porque é nele que acontece o solstício de inverno, o dia mais curto do ano.

Em 354 d.C., a Igreja, na figura do Papa Libério, cristianizou a festa pagã e começou a comemorar nela o nascimento de Jesus. Hoje, ele é celebrado nesse dia nas Igrejas Católica, Anglicana e Protestante.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Homenagem ao Sr. Zé Pilintra e aos Malandros







Seu Zé 
Ele é mestre na aruanda 
Saravá a sua banda 
Vem chegando devagar 
Quando ele chega, chega sempre sorridente 
Com um cigarro entre os dentes 
De branco para amenizar
O desamor que existe nessa terra 
Sabe nos livrar da guerra 
E sem mais quer nos levar 
Não há demanda que possa lhe derrubar 
Ele é cabeça feita tem um nome a zelar 
Mas desaforo não aceita 
Nunca se deixa levar 
Ele sempre ajuda a quem nele tem fé 
Saravá seu Zé 
É na palma da mão e cantando com fé 
Saravá seu Zé 


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Não seja um religioso pedinte ou um mendigo espiritual


Se pararmos para pensar, qual será o motivo que mais leva os religiosos aos seus templos? Qual a motivação que faz as multidões se deslocarem aos terreiros, igrejas, sinagogas, ou seja la qual for seu núcleo de fé?

Infelizmente a resposta é: para pedir, ou para encontrar soluções fáceis e rápidas para seus problemas, onde de preferência eles não precisem tomar nenhuma atitude e/ou mudança de hábito em suas vidas.

Qual a problemática deste fato? São duas:

1º Existe uma lei universal, que é infalível e impessoal, conhecida como Karma, que impede que tenhamos algo diferente em nossas vidas do que aquilo que sejam frutos de nossas ações anteriores. Uma lei de fluxo e refluxo, de ação e reação, nenhum santo, divindade, orixá, anjo, arcanjo ou serafim pode nos livrar de seus efeitos;

2º Religião deveria ser (era na antiguidade, em Eras remotas) uma ferramenta de evolução e aprendizado, não é "feira dos desejos" e pode ter certeza, qualquer sacerdote (não importa o credo) que lhe prometer soluções rápidas e fáceis para seus problemas e frustrações com um mínimo de esforço (normalmente o único esforço é abrir a carteira), está lhe enganando, mentindo para você, é um charlatão.

Entendam, religião não é balcão de pedidos, Deus não é o gênio da lâmpada e a palavra Jesus não é sinônimo de Abracadabra, portanto, antes de exigir o respeito por parte de outros religiosos, ateus e materialistas, primeiro você mesmo deve respeitar sua religião, zelar por seu bom nome e não tentar transforma-la no que ela não é.

Embora todos são livres caso queiram enganar a si mesmos, não é meu papel contribuir para este processo.

Obviamente uma das funções da religião é o amparo aos aflitos, ou seja, a caridade... mas não é só uma questão de dar o peixe, mas principalmente ensinar a pescar, ou melhor, ensinar a caminhar com as próprias pernas, a se tornar um ser humano independente e ativo, não vivendo na passividade dos pedidos incessantes e o medo das forças do acaso, da espiritualidade e do futuro.

Homem, (crie vergonha na cara e) torne-se senhor de seu próprio destino.

CAMOS

Sabedoria da Preta Velha: "Não adianta procurar um caminho novo, se você não mudar seu jeito de caminhar..."

texto publicado originalmente no Blog Crônicas Espiritualistas

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Religiões são só ferramentas...


Creio que este texto também poderia se chamar "ferramentas religiosa". Queridos leitores, sei que para muitos será difícil assimilar, e principalmente aceitar este princípio, mas toda e qualquer religião não passa de uma simples ferramenta para alcançar a espiritualidade, uma espécie de muletas para aqueles (quase toda humanidade,  onde eu estou incluso) que ainda não conseguem fazer isso de maneira mais "natural".

Entenda, o mundo espiritual (não confundir com plano astral) é puramente abstrato, o mundo das ideias de Platão, onde "o princípio de tudo que existe" é idealizado, sendo a manifestação objetiva (mundos físico, astral, mental e prânico) uma simples tentativa de concretização.  A natureza reproduz e tenta de diversas maneiras realizar o arquétipo. Este é um princípio teosófico que não pretendo me aprofundar  neste texto.

A questão que pretendo salientar é que, por esta razão, todas as religiões estão certas ao mesmo tempo todas estão erradas. São ferramentas diferentes para seres humanos diferentes, por isso nunca serão unificadas, não há a religião "certa", há a ferramenta religiosa que serve para aquele indivíduo, ou para aquele grupo da sociedade, a "prótese" adequada para cada tipo de deficiência.

Nós não podemos ainda (neste grau de evolução) compreender plenamente a subjetividade absoluta, principalmente o ocidental, onde costumamos racionalizar todos os processos e superestimar o pensamento objetivo. Não estou dizendo que os orientais sejam melhores que nós, mas certamente eles tem muito mais facilidade com a abstração, em absorver conceitos "intuitivos".

Para isso é que precisamos da religião. Quero dizer que elas seriam dispensáveis? Claro que não, se necessitamos delas, elas são necessárias. Mas pode ser que futuramente, a situação mude, porém a base religiosa, que é a simbologia, possivelmente sempre irá ter um papel importante para a humanidade. Os símbolos são o nosso melhor recurso para alcançar aquela "região" de nossa consciência que compreende a essência da existência.


Por isso os símbolos são tão importantes, poderíamos dizer que eles são o "alfabeto" necessário para acessar o mundo espiritual, ou mundo da "essência". Os principais problemas relacionados a religião, são justamente quando se tenta "racionalizar" o seus mitos, interpretando-os literalmente, como fatos históricos. A simbologia não se trata de fatos, mas certamente o fundamentalista jamais irá aceitar esta realidade, pensando portanto que "só sua mitologia salva".

Segundo a Teosofia os dogmas religiosos são como aquelas linhas auxiliares utilizadas nos cadernos de caligrafia, chegará certamente um dia em que serão pouco necessárias. Não porque a espiritualidade seja algo "primitivo" ou irreal, mas porque acessaremos e compreenderemos seus princípios de maneira mais natural.

Toda aquela "encenação" do rito religioso, serve justamente de maneira simbólica para absorvermos um princípio maior. Claro que neste meio do caminho, muito se corrompeu, e a grande maioria dos dogmas hoje são usados ou para explorar o povo, ou para justificar o ódio e a discriminação. Temos que admitir que, na história recente ocidental, certamente a religião trouxe muito mais malefícios do que benefícios.


Mas isto não tira a importância da simbologia, porém justamente por ser uma "ferramenta" autêntica, que nos auxilia a nos conectar com nosso "princípio superior", quanto menor for nossa compreensão quanto a esta "dinâmica", mais fácil será para exploradores de todo tipo usarem este aspecto a seu favor, explorando a multidão ignorante.

Trata-se de uma faca de dois gumes, com o poder tanto de nos "elevar" ao nosso princípio superior, quanto de nos "rebaixar" até a besta-fera instintiva que habita cada um de nós.

CAMOS


ver também:

http://cronicasespiritualistas.blogspot.com.br/2012/11/gatilho-religioso-somos-deuses.html

sábado, 1 de dezembro de 2012

Deus Sol (Blog Crônicas Espiritualistas)



Está pode parecer uma afirmação estranha para muitos, mas "físicamente falando", o Sol, é Deus.

Espero que o leitor não me entenda errado, não estou querendo dizer que Ele seja o Deus do universo, mas o nosso Deus, do nosso planeta (e sistema planetário) assim como de toda vida contida na Terra.

Também não estou querendo insinuar que o Sol seja um uma divindade antropomorfa, longe disso, mas se formos analisar o que chamamos de Deus, perceberemos que todas as características se aplicam ao nosso Astro Rei.

Pensem comigo, é a fonte de origem do nosso planeta e de tudo que existe nele, mantém nossa condição básica de existência (nossa órbita), é a unica fonte de energia da qual dispomos (e portanto de vida), sendo assim poderíamos dizer que é onipotente. Também podemos dizer que é onipresente, já que é sabido pela ciência acadêmica que os raios solares atravessam até mesmo a mais densa camada de matéria na Terra.

Se é também onisciente? Isso eu já não sei... aí já considero especular demais sobre um assunto além da limitada condição humana de existência. Obviamente todos os astros e planetas são vivos, de outra forma como poderiam gerar o que chamamos de vida? Obviamente não estão vivos da mesma forma que os humanos, mas em um nível diferente, certamente superior.

O problema de nossas crenças religiosas é projetar Deuses "a nossa imagem e semelhança", o universo está cheio de entidades criadoras (as estrelas), "Deuses que realmente estão nos céus", e que em seu ultimo sacrifício (Super Nova) dão origem a novas formas de vidas (Novas estrelas, os elementos, etc.). Está não é uma crença particular do autor, já que esses fatos, a Astronomia comprova.

Creio que em um nível espiritual, o Sol não seja somente um monte de gases em combustão, assim como também não é um ser a imagem e semelhança do ser humano (Antropoformismo). Os antigos perceberam isto, e por esse motivo a "Divindade solar" sempre teve um destaque especial em suas "mitologias".

E para quem considera esta uma crença primitiva, saiba que a mitologia "fala" simbolicamente para o ser humano, sobre o universo em que ele vive e sobre o universo que existe internamente nele, ao meu ver não há nada de primitivo nisso.

Sem contar o fato de que o Sol é de certeza que existe, posso inclusive vê-lo a olho nu, creio que ninguém irá contestar sua existência. Não é uma hipótese, mas um fato, já outras Divindades antropomórficas... nem evidências, muito menos provas.

CAMOS

portagem original do Blog Crônicas Espiritualistas

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Citações Eliphas Levi - Dogma e Ritual de Alta Magia



“Os homens jamais têm como provadas as verdades cuja compreensão recusam porque tais verdades se opõem às suas paixões cegas”.

“Todo poder que é incapaz de estabelecer a razão de si mesmo e que constitui um fardo sobre as liberdades sem lhes oferecer garantias, não passa de um poder cego e temporário; a autoridade verdadeira e durável é aquela cujo suporte é a liberdade e que dá a esta, ao mesmo tempo, uma regra e um freio, que é o que em política expressa o absoluto”.

“Toda fé incapaz de iluminar e engrandecer a razão, todo dogma que se opõe à vida como inteligência bem como ao livre-arbítrio em sua espontaneidade, são mera superstição; a religião verdadeira é aquela capaz de se provar pela inteligência e se justificar pela razão, mantendo, ao mesmo tempo, ambas vinculadas a uma submissão necessária – eis a indicação do absoluto em religião e em filosofia”.

"O que se requer atualmente dos sacerdotes é, principalmente, caridade, que é a expressão sublime da humanidade divina. Não basta mais à religião ser a doadora de consolações da outra vida às almas; ela se vê chamada a assistir nesta vida as dores do pobre, a instruí-lo, a dar-lhe proteção e a orientá-lo em seu trabalho”.

“É através da inteligência da verdade e da prática razoável do bem que não somente os indivíduos como também os povos se libertam. A tirania material é impraticável com seres humanos cujas almas são livres”.

“As multidões somente conspiram contra os poderes reais; não possuem a ciência do que é verdadeiro, mas sim o instinto do que é forte”.

trechos extraídos do livro Dogma e Ritual de Alta Magia de Eliphas Levi


P.S. Algumas dessas citações, entre outras de outros autores ocultistas, podem ser encontradas no livro Umbanda uma visão esotérica.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pontos Cantados - Pomba Gira é uma Rosa





Esta é uma pequena homenagem do Blog Sol de Aruanda a todas as Damas da Noite, as moças que vestem preto e vermelho.

Para elas não há mistério quanto a evolução humana, pois elas conhecem tanto o dia como a noite, tanto o belo como  o feio.

Elas assim como as rosas, são belas, perfumadas, enfeitam e encantam esse mundo, mas cuidado ao tocar, 
pois elas também tem espinhos.

CAMOS

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O que é Religião? mensagem de Ogum Shoroquê


Religião é o ato de reconectar, ou religar o homem com ele mesmo, com sua natureza, com sua origem, com sua fonte.

Pouca ou nenhuma relação possui com crença, com credo, por isso recomendo fechar a bíblia e começar a olhar o mundo ao seu redor com mais atenção.

Você pode crer nisso ou naquilo, seguir uma doutrina ou outra e mesmo assim viver desconectado, de maneira antinatural, alienado à sua própria natureza. Isto não é religião, mesmo que seja interpretado como tal pela grande maioria, que dá mais valor a pedaços de pedra e de papel, à tradições passadas de geração a geração do que à própria natureza dos seres que a cercam.

Um ser humano pode crer em qualquer coisa, ou mesmo em nada e ser um grande religioso. O que importa não é o que está registrado em sua mente, mas qual sua postura diante à vida. O que importa não é no que ele acredita, mas quem ele é e o que ele faz, assim como o que deixa de fazer.

Os orientais há muito sabem que o ser humano só é saudável quando está de acordo com sua natureza, caso contrário adoece.

Esta humanidade, neste momento histórico, está muito doente, pois vive de maneira artificial e individual, é egocentrista.

Mas nem tudo está perdido, pois ainda há seres lúcidos, conscientes e dispostos a ajudar, estes não estão preocupados com a mitologia que você adotou, mas com o que você está disposto a fazer.

Sr. Ogum Shoroquê

PS.1 - Está visão sobre religião não é divulgada pela grande maioria dos religiosos, pois para aqueles que visam o lucro e não a evolução humana, é muito mais interessante "pregar" que só a sua mitologia é válida, colecionando assim seguidores.

PS. 2 - Este entre outros trechos ditados pelo meu guia, estarão presentes no meu novo livro, em breve...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Oração a Mercúrio - extraído do livro Umbanda uma Visão Esotérica


“Senhor mensageiro que ilumina e coloca em contato
Senhor das encruzilhadas e os caminhos
Senhor da burla maliciosa
Deus da brincadeira perversa, perigosa, inteligente,
desafiadora
Senhor de dualidades
Deus dos conhecimentos do mundo e das almas
das paixões que acordam ou matam
Sempre presente na hora dos desafios
Disposto a ajudar
Guardião de todos os que te sabem cultuar
As forças da vida estão nas tuas mãos
Tua gargalhada gela os corações
Tua presença ilumina qualquer mentira,
revela mistérios,
desata nós
Tu vês as armações do jogo
e crias alternativas na impossibilidade
Caótica cambiante surpreendente
Companheiro de viagem e de empreita
Primeiro a ser oferendado, saudado
Damos um brinde em tua honra
Reconhecemos-te como deus companheiro
Nosso amigo e protetor
Abençoa-nos com tua força, proteção e sabedoria
Facilita nossas vidas
Mostra-nos os caminhos e alternativas da saúde, sucesso e
alegria.”

extraído do livro Umbanda uma visão Esotérica


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tabaco na gira - Trecho Livro Umbanda uma visão e esotérica



"Muitos guias espirituais da Umbanda também utilizam o tabaco como uma forma de defumação durante os trabalhos, eles tragam o cigarro, charuto ou palheiro, e sopram a fumaça no consulente, realizando um trabalho de limpeza por defumação, mais localizado. 

Porém sabe-se que esta prática acaba prejudicando o corpo físico do médium, assim como o do consulente, que naquele momento é um fumante passivo. Um trabalho de defumação eficiente no início da sessão, utilizando as ervas apropriadas, dispensa o trabalho com tabaco, lembrando que os verdadeiros guias de Umbanda jamais irão obrigar o médium a utilizar algo que o irá prejudicar. 

O corpo físico pertence ao médium, as entidades não nos comandam, não nos obrigam a nada, elas realizam trabalhos mágicos através de práticas diversas utilizando temporariamente nosso corpo, no entanto, sempre temos o livre arbítrio para optar o que iremos permitir que seja feito e qual é o limite de liberdade que daremos aos guias espirituais. 

Lembrando que tudo o que fizermos, seja sozinho ou acompanhado de inteligências invisíveis, sempre irá gerar karma, já que cedemos o controle de nosso corpo às entidades somente de forma parcial, conservando sempre nosso direito de escolha, pois incorporação não é possessão."


trecho tirado do livro Umbanda uma visão esotérica
para ler outro trecho: http://migre.me/9F5x6 

domingo, 28 de outubro de 2012

Vídeos - Índios: o que fazer com eles? Pirulla

Este é um assunto muito pertinente e atual, como as tradições indígenas estão muito relacionadas com a temática deste blog, considerei importante compartilhar este vídeo:


O Pirulla é um excelente blogueiro, nem sempre concordo com seus pontos de vista, porém os assuntos abordados costumam ser muito relevantes e bem embasados.

para ver mais vídeos dele, visite o canal:

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Verdadeiro Sacrifício de Sangue... e de Suor


Milênios de tradição oral, ocasionam na perda quase total, além de incontáveis confusões e deturpações de todos os tipos, dos conhecimentos e tradições arcaicas da humanidade. Culturas originadas em Eras e civilizações que não mais constam em nossos registros históricos, nos restando somente para consulta os mitos e suas derivações, ou seja, as religiões.

Uma das tradições que mais se perderam e deturparam, foi a do sacrifício de sangue, que nada tinha a ver com matar uma pessoa ou um animal. Sei que nos registros históricos constam o assassinato de animais e mesmo seres humanos,   porém ocorre que esta tradição já havia se perdido milênios atrás.

Não tenho a intensão de ofender a crença de ninguém, mas como místico, religioso e escritor, sou obrigado a transmitir a verdade.

Que tal começarmos pensando no sentido real das palavras? O que afinal significa sacrifício? Será que realmente significa assassinato em nome de divindades ou amigos imaginários? Não, na verdade sacrifício significa "sacro-ofício", ou seja, "ofício sagrado". Quanto será ser sagrado o assassinato de uma criatura inocente?

O sacrifício de sangue, na verdade era uma espécie de "oferenda" aos "seres superiores", onde o que era ofertado era a "nossa própria vida", não a de outro. Quer dizer suicídio? De maneira alguma, não tinha a ver com morte, mas com vida, era um compromisso, uma vida dedicada a uma causa superior. Algo semelhante a vida dos sacerdotes nos dias de hoje, aquele que iria ser o intermediário dos seres humanos com a "realidade superior".

Poderíamos então chamar o sacrifício de sangue de uma espécie de sacrifício de sangue e suor, já que a questão envolvida não era a morte, mas o trabalho. Neste processo, o neófito deveria realmente sacrificar a sua "outra vida", abrindo mão de boa parte de seu lazer, horas vagas, etc., muitas vezes tendo mesmo que abdicar de uma vida "normal", constituição de família, pois o Oficio-sacro exigia muita dedicação e tempo livre.

O derramamento de sangue animal que é feito nos dias de hoje, nada tem a ver com sacrifício, trata-se de feitiçaria, do tipo das mais baixas que existem, pois invoca e cria elos com criaturas do "baixíssimo" astral, que usam o plasma derramado para alimentar suas formas de existência ilusória.

CAMOS

terça-feira, 23 de outubro de 2012

mensagem Sr. Ogum Shoroquê


“Eu menosprezo aqueles que vêm tentando nos colocar todos dentro de um padrão de conduta hierárquica. Nós somos tantos e tão variados quanto à existência humana e suas legislações, cargos e comandos.  Eu não sou caboclo, eu não sou Orixá, eu estou muito além de um e muito abaixo do outro, onde nenhum dos dois poderia estar. Em uma mão eu sou Ogum e na outra eu sou Exu, mas eu não sou qualquer Ogum, eu sou Shoroquê, quem duvide que peça para ver. Como nós, há tantas coisas acima e abaixo da humanidade, que ela não poderia nem em sonho conceber, está certo aquele que diz que em terreiro não é fácil me ver, pois eu não baixo em qualquer um, eu não sou qualquer Ogum e onde eu entro, onde eu caminho nenhum dos outros vai se atrever, eu conheço tanto acima como embaixo, tanto o claro quanto o escuro, eu vi as duas forças, as duas faces, os dois lados e para mim a alma humana não tem segredos, pois não há nada que possam me mostrar que eu não queira ver. Eu não estou aqui para lhes passar entretenimento, nem para saciar a curiosidade, mas o que quer que queiram de mim, peça que vamos ver. Se quiserem instruções, força e compreensão, estas lhe darei sem lhe pedir nada a não ser tua própria devoção, seu próprio suor, em prol de minha causa, aquela pela qual eu luto. Mas se quiseres ouro, entre outras coisas materiais podemos negociar, mas não lhe prometo que tudo não vou lhe arrancar. A mesma mão que dá é a mesma mão que tira, só o que eu não posso lhe tirar é aquilo que já possui, aquilo que conquistas-te com o próprio suor. Isto ninguém pode lhe tirar, mas se pedires aquilo que é do outro, outro também poderá pedir aquilo que é teu. E agora me responda, a quem eu devo atender?”
22/04/2011 Sr. Ogum Shoroke

P.S. Esta, entre outras citações estarão presente em meu novo livro, em breve.... CAMOS

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Salve as Pomba-Giras!


"a pombogira girou, girou e mandou avisar: que hoje tem festa na Calunga,
tem clarão da Lua pra quem chegar..."



Uma homenagem a uma velha amiga...
Rainha das Sete Encruzilhadas.


Yshtar


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A linha da esquerda é inferior a da direita?


A natureza é dual... eu já usei esta afirmação em tantos textos que até já perdi a conta. Porém não tem jeito, o entendimento deste princípio é necessário para atingir o discernimento em diversas outras questões, pois são derivadas deste fator.

Esta lei universal é tão presente, tão evidente, que se torna difícil compreender como ainda tem gente que não conseguiu "absorver" este conceito. O átomo é dual (possui carga positiva e negativa), a eletricidade, os gêneros (macho e fêmea), nossa simetria bilateral (dois braços, duas pernas, etc.), e por aí vamos..

Até nosso cérebro, tem dois hemisférios. E não pensei que é um a cópia do outro, não, ambos são opostos e complementares. Enquanto o hemisfério esquerdo trabalha o raciocínio objetivo, concreto, o direito é responsável pela nossa capacidade de abstração, a arte, a música, a subjetividade, etc.

Depois de toda essa introdução, é que nós chegamos no assunto em questão, a Umbanda e suas duas linhas, a da esquerda (Exus e Pomba Giras ou Bombogiras) e a da direita (demais guias espirituais e entidades). E a pergunta do título do post é: Será a linha da esquerda inferior a linha da direita?

Respondendo a pergunta com outra pergunta: Você tem dois braços, será seu braço esquerdo inferior ao braço direito? Algumas pessoas tem maios habilidade no braço direito (destros) enquanto outros tem maior destreza no esquerdo (canhotos), porém ambos são necessários para a realização da maioria das atividades humanas, qualquer um que faltar, certamente fará muita falta para o indivíduo.

O mesmo ocorre com a espiritualidade, ela possui dois braços, ou melhor dizendo, duas vias evolutivas. Na Umbanda, as entidades espirituais que se manifestam através dos médiuns (os guias espirituais), quando pertencem a uma via evolutiva, dizemos que pertencem a linha de esquerda, quando pertencem a outra, dizemos que são da linha da direita. Estes são os dois braços da Umbanda, nenhum é superior ou inferior ao outro, ambos tem a mesma importância  o mesmo poder, pois são opostos que se complementam.

Estaria eu afirmando que os Exus e as Pomba Giras podem ser tão evoluídos quanto qualquer outro guia espiritual? Sim, é exatamente isso.

Este é certamente o ponto mais importante do texto, pois eu sei que a grande maioria dos umbandistas, acredita que o Exu é um ser em evolução, que um dia será um guia espiritual (quando evoluir), etc. Saibam todos, estejam cientes, que isto é uma grande mentira, uma confusão, ou fantasia dos umbandistas (estou para escrever um texto com este título, "fantasias dos umbandistas", pois realmente são várias...).

Mas então o Exu não é um ser em evolução? Claro que é... ele está sim evoluindo, assim como eu estou, assim como você e como qualquer outro guia espiritual de qualquer outra linha está, de certa forma estamos todos no mesmo "barco". Agora, o Exu é um ser de evolução inferior aos demais guias espirituais? De forma alguma, não necessariamente.

Obviamente há vários níveis de evolução dentro das linhas de esquerda, há (como sabemos) hierarquias entre os Exus, obviamente há Exus mais evoluídos, e também há os que estão em "início de carreira" como guardiões do astral. A questão é que essas hierarquias se igualam a linha da direita, onde ocorre exatamente o mesmo. Portanto podem haver Exus mais evoluídos que os demais guias que se manifestam em um terreiro, mas ele sempre se manifestará na linha de esquerda, pois este é o "caminho" evolutivo dele.

Então quer dizer que os Exus não foram marginais em outras vidas? E as Bombogiras não foram garotas de programa? Bom, talvez tenham realmente sido... assim como talvez você tenha sido um pedófilo ou serial killer, e sabe se lá mais o que, assim como eu posso ter sido, como qualquer  outra pessoa encarnada, ou mesmo um guia espiritual pode ter sido, afinal tivemos milhares de encarnações, como poderemos saber?

Mas não, Exus e Bombogiras não são marginais e muito menos depravados, os marginais do astral são os Kiumbas (que frequentemente se passam por Exus, enganando médiuns, sacerdotes e consulentes em inúmeros terreiros). Exus e Pombagiras só são "diferentes", como eu já falei, devido a sua "via evolutiva". Entenda leitor, eu não intentei essas duas linhas evolutivas, há outros autores que também se referem a ela, como Osho, para citar um. Se trata do desapego, e do viver intensamente, dois caminhos opostos, mas ambos (cada um a sua maneira) fazem o ser evoluir.

Na Umbanda, aqueles que seguiram a via do desapego, acabam se tornando o que chamamos de guias espirituais da direita, os que optam pelo "viver intensamente", pertencem a linha de esquerda. Nenhum é superior ao outro, ambos cumpriram seu papel evolutivo, porém cada um a sua maneira.

Para o Exu, não há mistérios quanto a vida humana, pois ele já viveu tudo (ou quase tudo) que poderia viver. É por isso que sua forma de manifestação faz alusão as "coisas da vida", porque ele é um "amante da vida", ele ama a vida em todas as suas facetas. Entenda, para nós o Exu é um mistério, ele é o grande arcano da espiritualidade... agora para o Exu, não há nada em nós que ele desconheça, nada que possamos fazer que o surpreenda, pois para eles somos como crianças, vivendo o que eles já viram.

Outro texto que eu estou pensando em escrever é o de "etiqueta na espiritualidade", onde eu abordarei (obviamente de maneira irônica) a questão da maioria acreditar que "quanto mais comportada a entidade", quanto mais "fala mansa" ela tiver, mais evoluída é a criatura. Ilusões, fantasias... entidades guerreiras são mais agitadas, entidades de curas, costumam ser mais calmas... o que não é uma regra, pois se o curandeiro for indígena ou africano, certamente irá se movimentar, quem sabe até "dançar" e ou gritar durante a gira.

Não é a aparência que indica o grau evolutivo de uma entidade, mas a profundidade da sua mensagem e o trabalho que ela realiza. Exus e Bombogiras sempre serão alegres, faladores, e usarão linguagem coloquial, pois eles (mais que os outros guias) não estão nem um pouco preocupados em causar boa impressão, ou em "serem aceitos".

Eles não tem nenhuma necessidade de "pompa", pois são as entidades espirituais mais "informais" de todas, em um tratamento direto com o consulente, onde este se sente a vontade para contar para os "cumpadres e as cumadres", tudo aquilo que muitas vezes não ousaria revelar nem mesmo para seus parentes ou amigos mais próximos, pois sabem que não haverá nenhum julgamento ou condenação, somente uma conversa franca de "amigo para amigo".

Entendam, eles não precisam de nós, para nada, nós é que muitas vezes precisamos deles, pois como já foi dito muitas vezes, na Umbanda:

"Sem Exu não se faz nada".

Laroiê Povo da Rua, Saravá aos donos da noite...

CAMOS

Crônicas Espiritualistas em Vídeo 03 - CUIDADO COM OS ORADORES HABILIDOSOS


Abaixo, dividido em duas partes, o terceiro vídeo do meu canal no youtube:



Peço desculpa aos leitores pela demora da publicação deste terceiro vídeo, compromissos profissionais me impediram de produzi-lo antes.

Em breve novos vídeos.

domingo, 14 de outubro de 2012

Finalista Prêmio Top Blog 2012 - Blog Crônicas Espiritualistas




É com grande alegria e entusiasmo, que anuncio que o blog Crônicas Espiritualistas está entre os finalistas do 2º turno do Prêmio Top Blog 2012.

Confesso que fiquei surpreso, pois um blog focado na crítica religiosa, no pensamento filosófico, que muitas vezes pode contradizer algumas crenças dos próprios leitores, que tem o foco no esclarecimento e não na transmissão de mensagens consoladoras (muito encontradas na web), tenha se igualado em votos junto aos blogs de "pregação religiosa" pura e simples.

Este fato certamente é uma evidência de que nem todos os religiosos são (como creem muitos ateus) tolos supersticiosos,  que há muitos pensadores e questionadores que consideram a existência de um universo muito mais amplo e abrangente.

Considero este blog neste concurso, um representante da religiosidade como algo vivo e inteligente, por isso gostaria muito de poder contar com o voto de todos.

Para isto basta acessar o blog: 
cronicasespiritualistas.blogspot.com 

e depois clicar no link do concurso no canto superior direito, irá abrir a tela abaixo:


Basta Logar com seu usuário do Gmail,  do Facebook, ou do Twitter para validar seu voto.

Conto com a colaboração de todos os leitores.

CAMOS

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Atabaques, usar ou não usar? Eis a questão...


Há no meio umbandista, muitas divergências quanto ao uso ou não dos atabaques, enquanto alguns optam por utilizar esta ferramenta, outros são estritamente contra.

Mas afinal, é certo ou errado usar atabaques durante as giras mediúnicas? Certo e errado, bem e mal, estas terminologias "extremistas" eu sempre procuro evitar, pois não está de acordo com a realidade, que é complexa e variada, e não preto no branco como muitos ainda teimam em acreditar (contrariando a lógica do mundo que os cerca).

A gira utilizando atabaques não é certa nem errada, é simplesmente diferente da gira que não utiliza, a "movimentação" energética será bem diferente, enquanto a primeira é mais "intensa" a outra é muito mais suave.

Mas então qual será a melhor? Depende, qual é o propósito da gira? Com que tipo de trabalhos os médiuns estão acostumados a lidar? Quais as entidades que se manifestam?

Aqueles umbandistas que vem do espiritismo kardecista, costumam optar por não usar atabaques, pois estão acostumados com o silêncio. Nessa "Umbanda meio espírita", muitas vezes utiliza-se a luz branca nas giras (tipo iluminação de sala de aula), trabalhando no ambiente claro, o que causa estranheza em muitos umbandistas, como eu.

Há aqueles que dizem que o toque do atabaque estimula o chakra básico (sexual) e que por isso não deve ser utilizado em trabalhos espirituais. Segundos eles o atabaque seria inferior a outros instrumentos musicais, como os instrumentos de corda que "vibram" em frequência mais elevada.

Realmente, o toque do atabaque estimula o chakra básico, porém o que muitos não sabem é que isto é comum e mesmo desejado em certos tipos de trabalhos espirituais. Sempre costumo definir a Umbanda como um Xamanismo contemporâneo, ao meu ver é o Xamanismo da nossa Era, por isso irei tratá-la aqui neste texto como tal.

O trabalho xamânico, diferente do trabalho budista, por exemplo, necessita de um mergulho consciente na realidade, intenso, é um caminho oposto ao do monge que "se afasta" da realidade senciente.

Nenhum é superior ou inferior ao outro, melhor ou pior, são somente trabalhos muito diferentes, trilhas diferentes de evolução e trabalho espiritual. Na gira de Umbanda, se lida com energias e se "quebra demandas" que nem no sonho mais dourado do monge seria possível realizar, pelo menos não com a velocidade que nós fazemos. Por outro lado o budismo trabalha "outras questões", como o controle da mente, do corpo, etc.

Para quem prefere e considera superior o guia espiritual de fala mansa e movimentação moderada, saiba que na minha opinião esta é uma idiotice sem tamanho. Alguns guias espirituais, pela linha que atuam e as energias com que trabalham, são muito mais agitados do que outros... a dança, os sons, gestos, estalos, assovios, tudo faz parte de seu "trabalho mágico". Portanto esqueçam as "regras de etiqueta mediúnica" que aprenderam no espiritismo, terreiro não é centro espírita, aqui o trabalho é de pé no chão e ninguém está preocupado com as aparências, só o trabalho a ser realizado é que importa.

Para finalizar o texto, vou registrar o meu gosto pessoal: a meu ver trabalhos de gira sem atabaques acabam perdendo boa parte da "graça", e certamente do "poder" de quebra de algumas demandas. Isso não quer dizer que eu sou contra a Umbanda sem atabaques, somente opto por "bater tambor".

Talvez no final seja mais uma questão de gosto... 

CAMOS