segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A origem do Natal






Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebração deste dia parece ser muito antiga mas a filiação mais directa provêm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno que durava cerca de quatro dias. Nesse período ninguém trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. Era também coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada Saturnália e realizava-se no solstício de Inverno.
Convém lembrar aqui que o solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o Sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar.
Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como "Sol invicto", ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade. Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).
É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa) mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania. Quando, em 313, Constantino se converte e oficializa o Cristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus. Desistindo de competir com a Saturnália, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pagão do nascimento do Sol transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas...

Fonte: http://obviousmag.org/archives/2007/12/saturnalia.html#ixzz2G1C7JteE


domingo, 23 de dezembro de 2012

por que o Natal é comemorado nessa data?


Na Antiguidade, povos pagãos realizavam nesse dia o Natalis Solis Invicti, o “nascimento do sol invencível”, uma festa em homenagem ao deus persa Mitras. O Natalis, que podia ser celebrado entre 22 e 25 de dezembro, era realizado pelos pagãos nesse período porque é nele que acontece o solstício de inverno, o dia mais curto do ano.

Em 354 d.C., a Igreja, na figura do Papa Libério, cristianizou a festa pagã e começou a comemorar nela o nascimento de Jesus. Hoje, ele é celebrado nesse dia nas Igrejas Católica, Anglicana e Protestante.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Homenagem ao Sr. Zé Pilintra e aos Malandros







Seu Zé 
Ele é mestre na aruanda 
Saravá a sua banda 
Vem chegando devagar 
Quando ele chega, chega sempre sorridente 
Com um cigarro entre os dentes 
De branco para amenizar
O desamor que existe nessa terra 
Sabe nos livrar da guerra 
E sem mais quer nos levar 
Não há demanda que possa lhe derrubar 
Ele é cabeça feita tem um nome a zelar 
Mas desaforo não aceita 
Nunca se deixa levar 
Ele sempre ajuda a quem nele tem fé 
Saravá seu Zé 
É na palma da mão e cantando com fé 
Saravá seu Zé 


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Não seja um religioso pedinte ou um mendigo espiritual


Se pararmos para pensar, qual será o motivo que mais leva os religiosos aos seus templos? Qual a motivação que faz as multidões se deslocarem aos terreiros, igrejas, sinagogas, ou seja la qual for seu núcleo de fé?

Infelizmente a resposta é: para pedir, ou para encontrar soluções fáceis e rápidas para seus problemas, onde de preferência eles não precisem tomar nenhuma atitude e/ou mudança de hábito em suas vidas.

Qual a problemática deste fato? São duas:

1º Existe uma lei universal, que é infalível e impessoal, conhecida como Karma, que impede que tenhamos algo diferente em nossas vidas do que aquilo que sejam frutos de nossas ações anteriores. Uma lei de fluxo e refluxo, de ação e reação, nenhum santo, divindade, orixá, anjo, arcanjo ou serafim pode nos livrar de seus efeitos;

2º Religião deveria ser (era na antiguidade, em Eras remotas) uma ferramenta de evolução e aprendizado, não é "feira dos desejos" e pode ter certeza, qualquer sacerdote (não importa o credo) que lhe prometer soluções rápidas e fáceis para seus problemas e frustrações com um mínimo de esforço (normalmente o único esforço é abrir a carteira), está lhe enganando, mentindo para você, é um charlatão.

Entendam, religião não é balcão de pedidos, Deus não é o gênio da lâmpada e a palavra Jesus não é sinônimo de Abracadabra, portanto, antes de exigir o respeito por parte de outros religiosos, ateus e materialistas, primeiro você mesmo deve respeitar sua religião, zelar por seu bom nome e não tentar transforma-la no que ela não é.

Embora todos são livres caso queiram enganar a si mesmos, não é meu papel contribuir para este processo.

Obviamente uma das funções da religião é o amparo aos aflitos, ou seja, a caridade... mas não é só uma questão de dar o peixe, mas principalmente ensinar a pescar, ou melhor, ensinar a caminhar com as próprias pernas, a se tornar um ser humano independente e ativo, não vivendo na passividade dos pedidos incessantes e o medo das forças do acaso, da espiritualidade e do futuro.

Homem, (crie vergonha na cara e) torne-se senhor de seu próprio destino.

CAMOS

Sabedoria da Preta Velha: "Não adianta procurar um caminho novo, se você não mudar seu jeito de caminhar..."

texto publicado originalmente no Blog Crônicas Espiritualistas

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Religiões são só ferramentas...


Creio que este texto também poderia se chamar "ferramentas religiosa". Queridos leitores, sei que para muitos será difícil assimilar, e principalmente aceitar este princípio, mas toda e qualquer religião não passa de uma simples ferramenta para alcançar a espiritualidade, uma espécie de muletas para aqueles (quase toda humanidade,  onde eu estou incluso) que ainda não conseguem fazer isso de maneira mais "natural".

Entenda, o mundo espiritual (não confundir com plano astral) é puramente abstrato, o mundo das ideias de Platão, onde "o princípio de tudo que existe" é idealizado, sendo a manifestação objetiva (mundos físico, astral, mental e prânico) uma simples tentativa de concretização.  A natureza reproduz e tenta de diversas maneiras realizar o arquétipo. Este é um princípio teosófico que não pretendo me aprofundar  neste texto.

A questão que pretendo salientar é que, por esta razão, todas as religiões estão certas ao mesmo tempo todas estão erradas. São ferramentas diferentes para seres humanos diferentes, por isso nunca serão unificadas, não há a religião "certa", há a ferramenta religiosa que serve para aquele indivíduo, ou para aquele grupo da sociedade, a "prótese" adequada para cada tipo de deficiência.

Nós não podemos ainda (neste grau de evolução) compreender plenamente a subjetividade absoluta, principalmente o ocidental, onde costumamos racionalizar todos os processos e superestimar o pensamento objetivo. Não estou dizendo que os orientais sejam melhores que nós, mas certamente eles tem muito mais facilidade com a abstração, em absorver conceitos "intuitivos".

Para isso é que precisamos da religião. Quero dizer que elas seriam dispensáveis? Claro que não, se necessitamos delas, elas são necessárias. Mas pode ser que futuramente, a situação mude, porém a base religiosa, que é a simbologia, possivelmente sempre irá ter um papel importante para a humanidade. Os símbolos são o nosso melhor recurso para alcançar aquela "região" de nossa consciência que compreende a essência da existência.


Por isso os símbolos são tão importantes, poderíamos dizer que eles são o "alfabeto" necessário para acessar o mundo espiritual, ou mundo da "essência". Os principais problemas relacionados a religião, são justamente quando se tenta "racionalizar" o seus mitos, interpretando-os literalmente, como fatos históricos. A simbologia não se trata de fatos, mas certamente o fundamentalista jamais irá aceitar esta realidade, pensando portanto que "só sua mitologia salva".

Segundo a Teosofia os dogmas religiosos são como aquelas linhas auxiliares utilizadas nos cadernos de caligrafia, chegará certamente um dia em que serão pouco necessárias. Não porque a espiritualidade seja algo "primitivo" ou irreal, mas porque acessaremos e compreenderemos seus princípios de maneira mais natural.

Toda aquela "encenação" do rito religioso, serve justamente de maneira simbólica para absorvermos um princípio maior. Claro que neste meio do caminho, muito se corrompeu, e a grande maioria dos dogmas hoje são usados ou para explorar o povo, ou para justificar o ódio e a discriminação. Temos que admitir que, na história recente ocidental, certamente a religião trouxe muito mais malefícios do que benefícios.


Mas isto não tira a importância da simbologia, porém justamente por ser uma "ferramenta" autêntica, que nos auxilia a nos conectar com nosso "princípio superior", quanto menor for nossa compreensão quanto a esta "dinâmica", mais fácil será para exploradores de todo tipo usarem este aspecto a seu favor, explorando a multidão ignorante.

Trata-se de uma faca de dois gumes, com o poder tanto de nos "elevar" ao nosso princípio superior, quanto de nos "rebaixar" até a besta-fera instintiva que habita cada um de nós.

CAMOS


ver também:

http://cronicasespiritualistas.blogspot.com.br/2012/11/gatilho-religioso-somos-deuses.html

sábado, 1 de dezembro de 2012

Deus Sol (Blog Crônicas Espiritualistas)



Está pode parecer uma afirmação estranha para muitos, mas "físicamente falando", o Sol, é Deus.

Espero que o leitor não me entenda errado, não estou querendo dizer que Ele seja o Deus do universo, mas o nosso Deus, do nosso planeta (e sistema planetário) assim como de toda vida contida na Terra.

Também não estou querendo insinuar que o Sol seja um uma divindade antropomorfa, longe disso, mas se formos analisar o que chamamos de Deus, perceberemos que todas as características se aplicam ao nosso Astro Rei.

Pensem comigo, é a fonte de origem do nosso planeta e de tudo que existe nele, mantém nossa condição básica de existência (nossa órbita), é a unica fonte de energia da qual dispomos (e portanto de vida), sendo assim poderíamos dizer que é onipotente. Também podemos dizer que é onipresente, já que é sabido pela ciência acadêmica que os raios solares atravessam até mesmo a mais densa camada de matéria na Terra.

Se é também onisciente? Isso eu já não sei... aí já considero especular demais sobre um assunto além da limitada condição humana de existência. Obviamente todos os astros e planetas são vivos, de outra forma como poderiam gerar o que chamamos de vida? Obviamente não estão vivos da mesma forma que os humanos, mas em um nível diferente, certamente superior.

O problema de nossas crenças religiosas é projetar Deuses "a nossa imagem e semelhança", o universo está cheio de entidades criadoras (as estrelas), "Deuses que realmente estão nos céus", e que em seu ultimo sacrifício (Super Nova) dão origem a novas formas de vidas (Novas estrelas, os elementos, etc.). Está não é uma crença particular do autor, já que esses fatos, a Astronomia comprova.

Creio que em um nível espiritual, o Sol não seja somente um monte de gases em combustão, assim como também não é um ser a imagem e semelhança do ser humano (Antropoformismo). Os antigos perceberam isto, e por esse motivo a "Divindade solar" sempre teve um destaque especial em suas "mitologias".

E para quem considera esta uma crença primitiva, saiba que a mitologia "fala" simbolicamente para o ser humano, sobre o universo em que ele vive e sobre o universo que existe internamente nele, ao meu ver não há nada de primitivo nisso.

Sem contar o fato de que o Sol é de certeza que existe, posso inclusive vê-lo a olho nu, creio que ninguém irá contestar sua existência. Não é uma hipótese, mas um fato, já outras Divindades antropomórficas... nem evidências, muito menos provas.

CAMOS

portagem original do Blog Crônicas Espiritualistas